Ramon Menezes Aos 38 anos de idade, Ramon Menezes, mineiro do município de Contagem, eterno ídolo da torcida do Vitória, é um dos jogador...
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Ramon Menezes |
Aos 38 anos de idade, Ramon Menezes, mineiro do município de Contagem, eterno ídolo da torcida do Vitória, é um dos jogadores mais velhos do futebol brasileiro em plena atividade. Com uma disposição de dar inveja a muito garoto saído das Divisões de Base. O meia reina absoluto na Toca do Leão, e é considerado por grande parte da torcida rubro-negra um jogador decisivo para o time, responsável direto por algumas das grandes conquistas do clube, como o tetracampeonato baiano e o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2010.
Mas o tempo é implacável, e o meio-campista do Vitória sabe que em breve terá que se despedir dos gramados, mas, "enquanto houver disposição, não penso em pendurar as chuteiras”, avisa o jogador, garantindo ainda muitas alegrias para a galera, que poderá continuar vendo das arquibancadas do Barradão os seus gols, principalmente os de falta, e os passes decisivos para os atacantes, sem piedade do adversário.
Coroado pelas Torcidas Organizadas do Vitória como o "Reizinho do Barradão", Ramon Menezes, que já vestiu a camisa de alguns dos grandes clubes do futebol mundial, credita ao carinho do torcedor o segredo para sua força, determinação e vitalidade para continuar jogando. "Sinto-me honrado. Acho que os gols que fiz aqui, sendo o maior artilheiro do estádio até então, e por ter marcado em ocasiões importantes, principalmente contra o Bahia, fizeram com que o torcedor fosse nutrindo esse carinho por mim".
Para desespero dos adversários e principalmente das torcidas rivais, Ramon ainda pretende jogar por mais uma ou duas temporadas, até encerrar sua vitoriosa carreira. "Isso é inevitável, mas enquanto você tiver forças deve continuar jogando. Meu objetivo é esse. Enquanto eu estiver rendendo dentro de campo vou procurar jogar. A partir do momento que eu não me sentir bem, então é hora de parar".
Perguntado se o Vitória seria o lugar certo para a despedida, o xodó da torcida não titubeou. "O Vitória seria o lugar ideal, pois é o clube que me projetou para o cenário internacional. O clube que marcou, sem dúvida nenhuma, a minha carreira".
Ping-pong
TB - O que o futebol te ensinou durante sua longa carreira?
RM - Todo dia você acaba aprendendo uma coisa nova. Dá para aprender com todos os jogadores com os quais você tem oportunidade de jogar. De todos os grandes jogadores, você puxa uma coisa legal. Eu sempre fui um cara muito observador. Eu sempre busquei tirar o melhor de cada jogador com quem joguei. Cada treinador me ensinou muito. Só tenho a agradecer aos jogadores com que joguei e com os que jogo até hoje. Também os professores que tiveram importância nessa minha trajetória. No futebol se aprende todo dia.
TB- Algum sonho que você ainda não realizou?
RM - A minha carreira é marcada por coisas boas. Tive a chance de trabalhar e fazer o que gosto, que é jogar futebol. Tenho alegria de jogar, de ter saúde, que é o mais importante pra você continuar jogando, e o prazer de ainda vir num treino e me preparar cada vez mais. Uma coisa hoje que é ruim é quando você se machuca, mas se você ainda tiver vontade, força para se recuperar, e dar alegrias ao torcedor, é algo muito bom.
TB - No dia a dia você procura passar um pouco da sua experiência para os jogadores mais novos?
RM - Acho que esse negócio de passar experiência é um pouco complicado. O atleta que é inteligente busca desde cedo pegar coisas boas daqueles jogadores que são mais experientes. Então vai muito mais deles do que de mim. No que eu puder ajudar, um incentivo, um posicionamento, uma dica, isso tudo eu faço. Agora, acho que os jovens têm de olhar aquilo que é certo.
20 anos de futebol e muitos títulos
Ramon Menezes começou a jogar em 1983 nas Divisões de Base do Cruzeiro de Minas Gerais, tendo em 1990 a sua primeira chance de vestir a camisa dos profissionais do time mineiro. Teve uma rápida passagem pelo Bahia, em 1993, mas foi no ano seguinte, em 94, que ganhou a oportunidade de vestir a camisa do Vitória pela primeira vez, e iniciar uma trajetória de glórias no futebol do Brasil e do mundo.
Sua primeira passagem pela Toca do Leão foi rápida, saiu para a Alemanha, onde ficou uma temporada no Bayer Leverkusen. Foi repatriado pelo Vasco da Gama em 1996, com passagens pelo Atlético Mineiro, Botafogo do Rio e Atlético Paranaense. No cenário internacional, atuou no Japão e Cátar. Em 2001, vestiu a camisa da seleção brasileira, até voltar aos braços da torcida rubro-negra em 2008, onde permanece até hoje, na Toca do Leão.
Nos 20 anos como jogador profissional, Ramon Menezes conquistou quase tudo. Entre os diversos títulos, já teve o prazer de ser campeão da Taça Libertadores da América, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Torneio Rio-São Paulo, além dos Campeonatos Baiano, Carioca e Mineiro. O próprio jogador reconhece sua trajetória vitoriosa.
"Não posso reclamar. Acho que papai do céu tem sido maravilhoso pra mim. Tive uma carreira muito boa, marcada por muitos títulos".(e.I)
Vitória não é o mesmo sem o Reizinho da Toca
A torcida do Vitória está com a pulga atrás da orelha. Os gols tão frequentes, como no triunfo por 4 a 2 diante do Santos, no dia 15 de agosto, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, parecem ter desaparecido. Desde o dia 19 de agosto, quando o Palmeiras goleou (3 a 0) e eliminou o rubro-negro da Copa Sul-Americana, a equipe vem tendo dificuldades para balançar as redes.
Coincidência ou não, já são quatro jogos sem poder contar com o meia Ramon Menezes, principal responsável pela criação de jogadas no meio-campo do Vitória. Sem Ramon, o time conseguiu um único triunfo contra o Cruzeiro (0 a 1), mas amargou dois empates seguidos no Barradão, contra Guarani (1 a 1) e Internacional (0 a 0) e perdeu por 2 a 1 para o Corinthians, em São Paulo.
O torcedor rubro-negro reconhece a falta do experiente jogador no esquema tático do Vitória, mas faz questão de salientar que Ramon sozinho não irá resolver os problemas da equipe. "É inegável que ele faz falta ao time, pois é um jogador diferenciado, mas só isso não resolve. Tem que correr mais, chutar mais e lutar mais", disse o estudante de Engenharia Química Rafael Baylão.
Para a torcedora Lorena Nascimento, "Ramon é o coringa do Vitória, ele aparece na hora que precisa, além de utilizar a experiência para ajudar o time, o que muita gente duvidava que ele poderia fazer", lembra. Apesar da modesta campanha na competição, ocupando a 14ª posição, com 22 pontos, a rubro-negra não desanima e acredita que dias melhores virão. "Com certeza, o time ainda vai se encontrar. É como o Toninho Cecílio disse, tem que testar até achar o time perfeito".
Fonte: Tribuna da Bahia
ramon é o cara o maior meio de campo do brasil o maior do vitória ..
ResponderExcluirHoje, muito menos Lucas, mas realmente ele fez história nesse Brasil.
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