O primeiro Ba-Vi do ano não levou ao estádio Manoel Barradas o grande público e a tradicional festa que o maior clássico do Norte-Nordeste d...
O primeiro Ba-Vi do ano não levou ao estádio Manoel Barradas o grande público e a tradicional festa que o maior clássico do Norte-Nordeste do Brasil proporciona ao futebol. Mas literalmente cumpriu a tradição. Clássico é clássico, e o resultado do jogo geralmente “remove montanha”. No lado do Vitória, o triunfo de 3 a 0 sobre o Bahia, domingo passado, era só o detalhe que faltava à torcida rubro-negra para levantar a cabeça e superar a decepção da queda para a 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro.
Desde o final do ano passado que a torcida do Vitória estava literalmente acuada, escondida, as camisas do time vermelho e preto literalmente sumiram das ruas, shoppings, mercados, bares e restaurantes de Salvador. A vergonha do rebaixamento da 1ª para a 2ª Divisão era maior que o orgulho do torcedor, magoado com os erros do Departamento de Futebol, que interferiram na história do clube e sua imagem no futebol brasileiro.
Mas Ba-Vi é assim. Bastou o expressivo triunfo de 3 a 0 sobre o Bahia, domingo passado, mesmo que o resultado não tenha nenhuma expressão, por enquanto, na luta pela conquista do título Estadual, para que a torcida do Vitória saísse do “anonimato”, com buzinaço, carreatas pela Avenida Paralela com exibição de bandeiras do clube, e ontem pela manhã, “pintasse” Salvador, que amanheceu em todos os cantos com torcedores ostentando as camisas rubro-negras tiradas do fundo da gaveta, onde estavam guardadas desde o final do ano passado.
O triunfo no primeiro clássico do ano e da década levou o presidente Alexi Portela Júnior, e o vice-financeiro, Carlos Falcão, ao ensaio do Bloco Timbalada, no Museu du Ritmo, no domingo à noite, para comemorar o resultado do Ba-Vi, afastando qualquer comentário de que os dois estariam “estremecidos” na administração do Vitória desde o “veto” de Falcão para a ida, de imediato, para o CT da Toca do Leão.
“Não temos estrutura financeira para bancar qualquer jogador, com salário acima de R$ 60 mil, de fevereiro a maio, sem condições de jogar o Campeonato Baiano, visando a Série B do Brasileiro”.
Time viaja hoje para duelo em Alagoinhas
A delegação do Vitória viaja hoje à tarde, logo após os trabalhos no CT da Toca do Leão. Mesmo sendo o jogo contra o Atlético no estádio Antônio Carneiro, em Alagoinhas, com pouco mais de 100km de distância, a Comissão Técnica optou por concentrar seus jogadores num hotel na cidade do interior do Estado, evitando o desgaste da viagem no dia da partida.
Os jogadores do Vitória se reaprentaram ontem à tarde no CT da Toca do Leão, para revisão médica geral e trabalho leve para os que jogaram o Ba-Vi. O zagueiro Alison recebeu atendimento do Departamento Médico, por causa do trauma no peiro do pé direito, e somente na reapresentação desta tarde é que ele será avaliado para saber se tem condições de jogar contra o Atlético.
A tendência do técnico Antônio Lopes é manter o mesmo time que começou jogando contra o Bahia, mas fica na pendência da liberação de Alison. Se não der para o titular, Reniê será seu eventual substituto. A novidade na delegação deve ser o lateral-esquerdo Ernani, ex-Vasco da Gama, recuperado da fratura no dedo mínino do pé. Eduardo continua afastado com lesão muscular, e Léo será mantido na posição.
Por: Tribuna da Bahia


COMENTAR