Gol bonito, jogadas de efeito, lances duros, emoção até o final e polêmica com arbitragem: um verdadeiro Ba-Vi, apesar da qualidade duvidosa...
Gol bonito, jogadas de efeito, lances duros, emoção até o final e polêmica com arbitragem: um verdadeiro Ba-Vi, apesar da qualidade duvidosa das equipes. Com a vantagem de poder até perder por um gol de diferença, o Vitória jogou com o regulamento embaixo do braço e, com muita eficiência, aproveitou o desespero do Bahia para segurar os 2x3 e a vaga na final do Campeonato Baiano. O rubro-negro agora vai pegar o Bahia de Feira da decisão, que começa no próximo domingo (8), com mando de campo da equipe do interior.
Primeiro Tempo
A partida começou eletrizante! Em menos de um minuto, uma chegada rápida do Bahia e dois lances perigosos do Vitória, o principal em chute de Nikão nas redes pelo lado de fora. Contudo, no primeiro ataque efetivo tricolor, aos 2, saiu o tento. Ávine cobrou lateral direto na área, a zaga cortou errado e a bola sobrou para Marcone, que ajeitou e soltou a bomba no cantinho. Viafara nem se mexeu. A partida seguia elétrica e, por muito pouco, o tricolor não ampliou. Aos 7, Ramon viu a entrada livre de Ávine e lançou. O lateral dominou no peito e cruzou na medida para Souza que, de cara para o gol, tocou fraquinho em cima de Viafara, que vibrou muito com a defesa salvadora.
O tricolor mantinha maior posse de bola e chegava mais, mas, em um lance isolado, saiu o empate. Aos 21, Nino invadiu a área como um torpedo e Danny Morais, sem ritmo, chegou atrasado e derrubou o lateral rubro-negro. Pênalti! No minuto seguinte, Geovanni bateu no meio do gol e saiu para o abraço. Aos 24, por muito pouco, o Bahia não deu o troco. Souza deu belo passe para Maranhão, que chutou forte para fora. Nino foi fundamental ao chegar na cobertura e tirar espaço para o chute do atacante. Mesmo com o empate, Lopes foi ousado. Com um corte embaixo do olho esquerdo, o volante Mineiro saiu para a entrada do atacante Neto Baiano, aos 26.
O time de René Simões sentiu o baque do gol e o leão cresceu na posse de bola. Os lances rarearam. Quando chegava, o Bahia ficava rodando na entrada da área e não conseguia ser objetivo e romper a barreira rubro-negra, que, com a vantagem, “cozinhava” o jogo. Contudo, assim como no lance do gol, quase o tricolor fica novamente à frente do placar aos 43. Ávine mandou na área, Souza escorou para o meio e Titi, de cara para a meta, desequilibrado, espirrou o chute e mandou longe. Na sequência, dois tiros de fora, sem sustos para o colombiano.
Segundo Tempo
O Bahia voltou mostrando que queria buscar o resultado com um golaço! Com menos de dois minutos, Marcone pegou a sobra na intermediária, ajeitou e soltou o foguete. A bola ainda bateu na trave direita, antes de balançar as redes de Viafara, que, como no primeiro gol, nem se mexeu. O leão reagiu rápido e quase empatou aos 4. Elkeson se antecipou e, de peixinho, desviou de cabeça e a bola beijou o pé da trave. No entanto, o tricolor precisava de mais um gol e foi atrás. Aos 6, cobrança de falta ensaiada, Ávine tocou para Ramon, que serviu Souza. O atacante girou em cima de Alison, mas chutou para fora.
No minuto seguinte, Lulinha arrancou pela direita, deixou dois para trás e buscou a tabela com Souza, mas a devolução foi forte demais. A pressão seguia. Ávine tocou para Maranhão, que passou por dois e, na entrada da pequena área, preferiu tentar cavar um pênalti ao invés de finalizar a jogada. Nino tirou o corpo na hora e Wilson Seneme não caiu na tentativa. Porém, no lance, Nino sentiu uma lesão e pediu para sair. Léo entrou. Tentando da maior mobilidade e criatividade, Simões tirou o apagado Ramon para a entrada do colombiano Tressor Moreno, aos 15. E foi no minuto seguinte que o Vitória perdeu uma grande chance. Geovanni tocou errado para Elkeson, mas Titi furou e a bola sobrou para o atacante rubro-negro que, cara a cara com Omar, chutou torto, sem força, e a bola nem chegou a sair pela linha de fundo. Na sequência, Lopes tirou o sumido Nikão para a entrada de Rildo.
Aos 20, bela triangulação tricolor. Souza fez o corta luz para Maranhão, que chegou batendo, mas Alison se jogou e salvou o gol certo. Foi o último lance do garoto que, com câimbras, saiu para a entrada de Maurício. Na saída, uma cena inusitada. Para adiantar o lado, Souza carregou Maranhão no colo até fora do campo. O Bahia tentava pressionar, mas o Vitória soube aproveitar os espaços na defesa tricolor. Aos 25, em contra-ataque rápido, o Vitória chegou ao empate. Léo lançou Rildo, em posição duvidosa, livre na direita, que avançou e cruzou na medida para Neto Baiano, que teve o trabalho apenas de empurrar para as redes.
Aos 31, em dois lances, quase o tricolor volta a ficar na frente do placar. Maurício e Marcos perderam as chances. Tranquilo, o time de Antônio Lopes se fechou ainda mais e passou a buscar os contra-ataques, contra um adversário que sentiu o baque. Para piorar a situação, aos 46, Titi, com sequência de faltas duras, acabou expulso. Contudo, em um lance isolado, saiu o gol do inútil triunfo tricolor. Aos 47, Lulinha partiu para cima de Eduardo e foi derrubado dentro da área. O árbitro marcou pênalti e Souza, aos 48, cobrou com categoria no canto esquerdo. Viafara caiu para o outro lado. No apito final, Souza e Titi foram para cima de Viafara, mas a turma do deixa disso separou.
Campeonato Baiano - Semifinal
Vitória 2x3 Bahia
Estádio - Barradão
Cidade - Salvador
Data - 01/05/2011
Horário - 16 horas
Árbitro - Wilson Luiz Seneme
Auxiliares - Roberto Braatz e Emerson Augusto de Carvalho
Gols - Geovanni, Neto Baiano (Vitória); Marcone (duas vezes) e Souza (Bahia)
Cartões amarelos - Nikão, Uelinton, Esdras, Viafara (Vitória); Marcone, Danny Morais, Souza, Titi (Bahia)
Cartão vermelho - Titi
VITÓRIA - Viafara; Nino (Léo), Alison, Reniê e Eduardo Neto; Esdras, Uelinton e Mineiro (Neto Baiano); Geovanni, Nikão (Rildo) e Elkeson. Técnico: Antônio Lopes
BAHIA - Omar; Jancarlos (Marcos), Danny Morais, Titi e Ávine; Marcone, Camacho, Ramon (Tressor Moreno) e Lulinha; Maranhão (Maurício) e Souza. Técnico: René Simões
Por: Bahia Notícias


COMENTAR