Os problemas não são os números, a matemática. O principal problema é o próprio Vitória, um time desorganizado, mal arrumado, dividido, e lo...
Os problemas não são os números, a matemática. O principal problema é o próprio Vitória, um time desorganizado, mal arrumado, dividido, e lotado de jogadores de qualidade duvidosa, sem raça, determinação e até o mínimo de boa vontade para jogar um bom futebol. Mas no futebol tudo é possível, e porque não? De repente o rubro-negro baiano toma vergonha na cara, como pediu o próprio técnico Vagner Benazzi, vence o Bragantino dentro de casa, na cidade de Bragança Paulista, e volta a Salvador ainda sonhando com uma vaga no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro.
Mas existe uma piada que se encaixa perfeitamente na postura da direção do Vitória neste instante da Série B do Campeonato Brasileiro. Um cidadão, enganado, compra uma coruja, de olhos enormes, como se fosse um papagaio. Um tempo depois, reencontra o vendedor, que na ironia, lhe pergunta: E aí, o papagaio falou? E o cidadão respondeu: Não, falar ele não fala, mas presta uma atenção!!!
Na quarta-feira, como se prestar muita atenção neste momento da Série B, mudasse alguma coisa, os dirigentes estavam todos presentes na reapresentação dos jogadores no CT da Toca do Leão, como a velha coruja, prestando atenção, e tudo continua como antes no clube. Benazzi ainda não oficializou nada, mas contra o Bragantino, será o 29º jogo pela Série B do Campeonato Brasileiro, e o Vitória vai escalar seu 29º time na competição.
Mudanças principalmente com relação ao meio-campo e ataque. A tendência é um time com: Douglas, Nino Paraíba, Maurício, Jean e Fernandinho; Zé Luís, Charles Vagner, Preto e Gilberto; Neto Baiano e Fábio Santos, pela primeira vez, os dois atacantes começando juntos uma partida pelo rubro-negro baiano
.Mas nada é oficial, tem ainda os trabalhos de hoje, e uma avaliação médica final sobre as condições de Fernandinho voltar à lateral-esquerda. Se for vetado, a tendência é manter Gilberto na lateral-esquerda e repetir as alterações do 2º tempo contra o Barueri, usando Geraldo e Lúcio Flávio no meio-campo, com apenas dois volantes, dois jogadores de marcação, Zé Luís e Charles Vagner.
A partida entre Bragantino e Vitória, neste sábado, terá um trio de arbitragem paranaense. Evandro Rogério Roman (PR/Fifa) vai apitar o confronto, auxiliado por Bruno Boschilia (PR/Asp. Fifa) e Ivan Carlos Bohn (PR). O jogo começa às 16h20 (horário de Brasília), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. O Vitória tem 40 pontos e é o nono colocado na tabela. Já o Bragantino tem dois pontos a mais e é o 7º colocado da Série B.
Goleiro é barrado -Assim como as coisas estão difíceis no Vitória, o goleiro Fernando, não que seja o principal responsável pelo mau momento do clube, foi barrado pelo técnico Vagner Benazzi para a partida diante do Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, no próximo sábado, às 16h20.
Douglas será escalado para a vaga de Fernando. O motivo da saída do atleta, do time titular, foram as duas últimas exibições do arqueiro rubro-negro, diante de Barueri e Paraná, quando o jogador cometeu erros cruciais, contribuindo para os péssimos resultados.
"Não sou o salvador da pátria da equipe"
Em meio a mil explicações sobre a tragédia na derrota de 2 a 1 para o Barueri, terça-feira passada, dentro de casa, o técnico Vagner Benazzi procurou descentralizar o foco das críticas e protestos, de todos, elogiando o futebol do garoto Arthur Maia, que finalmente teve a sua oportunidade entre os titulares. Mas parece que vai ficar por aí mesmo, porque na Toca do Leão, ninguém aposta na presença do garoto revelado nas Divisões de Base, no jogo deste sábado, contra o Bragantino, no interior paulista.
Arthur Maia continua no grupo, trabalhando com os demais jogadores na Toca, e viaja com a delegação do Vitória, hoje à tarde, com destino a Bragança Paulista, local do jogo de amanhã. O jogador reconhece que poderia ter rendido mais contra o Barueri, mas que futebol tem regras, critérios, e ninguém resolve nada de uma hora para outra.
“Sempre trabalhei na Toca do Leão por isso, pela chance de vestir a camisa dos profissionais, e o torcedor do Vitória, que sabe o que fiz na base, sempre espera um pouco mais do jogador. Mas não sou o salvador da pátria, e nunca é como gostaríamos que fosse”, disse o meia Arthur Maia, que dificilmente será mantido na equipe para pegar o Bragantino, mesmo com os elogios diretos que ganhou do treinador na derrota para o Barueri.
Outros garotos das Divisões de Base tiveram também suas oportunidades entre os profissionais, e a grande maioria, só nos últimos meses, no popular, “quebraram a cara”, entraram para jogar num time sem estrutura, sem condições de evoluírem, e quase todos estão “queimados” junto a torcida e até na Comissão Técnica do rubro-negro baiano.
Fonte: Tribuna da Bahia

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