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Nos últimos dez anos, poucos jogadores conseguiram criar vínculo forte com um clube brasileiro, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo, onde os times são mais poderosos financeiramente. Emerson Ferretti, hoje com 40 anos, é uma exceção. O goleiro se tornou ídolo do Bahia nas seis temporadas em que disputou pelo tricolor e também atuou pelo Vitória. Sua próxima missão, porém, envolve um terceiro time de Salvador, e não mais na função de atleta.
Eleito presidente do Ypiranga no último dia 18, Emerson espera ser tão marcante para o aurinegro como foi para a dupla Ba-Vi. “Ficarei marcado no Ypiranga a depender do que fizer pelo clube. Poderei marcar muito ou simplesmente ser mais um presidente na história do clube”, reflete Emerson, que já era vice-presidente desde o final de 2009 e assumirá o cargo de principal mandatário em janeiro.
A ligação com o Ypiranga nasceu por acaso, quando o ex-goleiro, que é comentarista da Transamérica, conheceu o então presidente do Ypiranga Valdemar Filho, em 2009. “Ele foi na rádio, e quando eu vi que ele estava solitário, sob muita desconfiança, eu passei a me inteirar mais sobre o assunto”, relata. Emerson já havia ouvido falar do Ypiranga, mas não imaginava como a situação do clube, quase fechando as portas, quando passou a ajudar.
“Quase todo o dinheiro foi investido por mim neste ano de 2011. Era preciso alguém injetar dinheiro para o projeto sair do zero. Hoje o Ypiranga é uma realidade, fruto de um trabalho sério. Na medida em que ganharmos mais visibilidade e credibilidade, o clube vai ter condições de gerar receitas para andar com as próprias pernas”, planeja.
Coordenador de Esportes do Escritório Municipal da Copa de 2014 e comentarista da TVE e rádio Transamérica, Emerson Ferretti espera um 2012 ainda mais sobrecarregado de tarefas. “Minha vida já estava atribulada quando eu era vice-presidente do Ypiranga por conta de outras funções. A responsabilidade de ser o maior mandatário aumenta, as consequências das decisões caem sempre no presidente”.
CT do Ypiranga, a Vila Canária é o único espaço em Salvador que concorre para ser um Centro de Treinamento de Seleções para a Copa de 2014. A FIFA ainda não definiu a data de divulgação da escolha, mas será preciso uma reforma geral do local, e o clube tem buscado parceiros para financiar as obras. Quanto ao futuro do time, Emerson está otimista. “Já estamos fazendo planejamento há um mês. A ideia é começar os treinamentos em fevereiro, mas não temos nomes de jogador e técnico definidos”.
Por: Tribuna da Bahia
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