Principal torneio regional do país e sucesso de publico em 2015, a Copa do Nordeste 2016 tem início neste sábado (13). A fórmula de disputa...
Principal torneio regional do país e sucesso de publico em 2015, a Copa do Nordeste 2016 tem início neste sábado (13). A fórmula de disputa continua a mesma dos anos anteriores, com cinco grupos com quatro equipes cada. Apenas o primeiro colocado de cada chave e os três melhores segundos colocados se classificam para a fase de mata-mata. A diferença este ano está no aporte financeiro disponibilizados para as equipes.
Apenas por participar da primeira fase do Nordestão, cada clube vai receber R$ 505 mil, 36% a mais do que em 2015. Um dos representantes baianos, o Vitória da Conquista é uma das equipes que aproveitam o sucesso da competição. O Bode vai disputar o torneio pela segunda vez nos últimos três anos e o presidente do alviverde, Ederlane Amorim, conta com o forte lado financeiro do certame para manter o time do interior em plena atividade.
"Isso é o que está sustentando o clube, não tenho outros recursos e não me vejo sem disputar essas competições, até temo pelo futuro do clube. Não temos apoio municipal, agora sem bilheteria...", explicou Ederlane, ressaltando as dificuldades enfrentas pela equipe que vai mandar seus primeiros jogos em Ilhéus. Junto com a Copa do Brasil, a Copa do Nordeste é a unica fonte de renda do time de Conquista no primeiro semestre.
"Jogando essas competições você atrai patrocínio para a camisa, outros tipos de renda. Diferente de outros clubes, o Vitória da Conquista apenas administra o que arrecada. Esse ano são 505 mil da Copa do Nordeste, menos os 10%, cerca de 450 mil, mais 220 mil da Copa do Brasil. Então, são cerca de R$ 700 mil de plus para você jogar essas competições, isso é basicamente o que circula pelo clube no primeiro semestre", explica Amorim.
"Se tira essa arrecadação, eu não tenho estrutura. A televisão é muito pouco, a federação ano passado nos ajudou muito em questão de patrocínio, mas esse ano eu ainda não tenho a informação do que seria, além da bilheteria, que eu não tenho nada. Apenas esses dois aportes", afirma o dirigente.
Vice-campeão baiano em 2015, o alviverde investiu no elenco para a disputa dos torneios, mas ainda está longe dos principais clubes da região. A folha gira em torno 190 mil reais por mês. Em termos de comparação, o valor corresponde a pouco mais do salário do argentino Maxi Biancucchi, afastado do elenco do Bahia.
"Nunca trabalhamos com uma folha dessa. Os jogadores aprenderam a negociar sabendo que nós vamos disputar essas competições. Nossa folha hoje é de 190 mil reais, o que é caro para a realidade do interior. Mas janeiro estamos em dia e sem receber qualquer outro aporte", continua Ederlane. Além da premiação na primeira fase, os clubes recebem novos benefícios nas fases seguintes. O campeão deve embolsar cerca de 2,3 milhões de reais e uma vaga na fase brasileira da Copa-Sul Americana.
Longe de casa
No grupo do Bahia, a Juazeirense será junto com o Vitória da Conquista e o próprio tricolor, um dos três representantes do estado na competição, e assim como o Bode vai estrear como mandande, mas longe do seu torcedor. Com o Lomanto Junior e o Adauto Moraes sem condições de jogo, os dois time precisaram buscar praças alternativas.
"É lamentável a situação, porém só nos resta tentar driblar mais essa dificuldade. Queríamos estrear pelo menos em Petrolina para contar com nossa torcida. É se adaptar outra vez", afirmou o presidente do time de Juazeiro, Roberto Carlos.
Enquanto o Cancão de Fogo vai ter como sede o estádio Pedro Amorim, em Senhor do Bonfim, o Conquista escolheu o Mário Pessoa, em Ilhéus, para mandar seus duelos. Na última quarta o equipamento foi palco da partida contra o Vitória, pelo Campeonato Baiano, e apresentou problemas. Além da péssima situação do gramado, faltou água para os jogadores nos vestiários.
"Tivemos que esperar quase uma hora para tomar banho, não estávamos em hotel, seguimos direto para Conquista, dificuldade para as duas equipes. A gente fica impotente, estamos a quase 400 km de distância e não temos a solução em nossas mãos. Tem a dificuldade da competição e tudo isso aumenta nosso desgaste psicológico", explica Ederlane.
"A federação não tem culpa. A gente agradece a boa vontade do pessoal de Ilhéus, mas é um problema crônico dos estádios da Bahia. Tirando os da capital, em todos você vai encontrar problemas", lamenta o dirigente, lembrando as dificuldades que teve no estádio.
Os três representantes baianos entram em campo no domingo (14). No grupo C, o Bahia vai até o Arruda, no Recife, encarar o Santa Cruz. Já a Juazeirense recebe o Confiança no estádio Pedro Amorim. Enquanto em Ilhéus o Vitória da Conquista vai medir forças com o Ceará, pelo grupo E.
Fonte: C24
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