A cena está se repetindo desde o dia 15 de janeiro. Os times entram em campo, aguardam a festa nas arquibancadas e....nada. Os estádios vazi...
A cena está se repetindo desde o dia 15 de janeiro. Os times entram em campo, aguardam a festa nas arquibancadas e....nada. Os estádios vazios têm sido uma marca registrada neste Campeonato Baiano. A média de público até a rodada de ontem era de apenas 2.519 pagantes por partida.O número nas seis primeiras rodadas da competição é inferior até do que a média do ano passado. No Estadual de 2010, a média nos jogos de ida da primeira fase foi de 2.677. Ao final da competição, em 2010, a média de pagantes foi de 2.603.
Os públicos pequenos fazem com que os times acumulem prejuízo atrás de prejuízo. O déficit financeiro aumenta. Cresce também a dificuldade para contratar e manter os salários em dia. A crise tende a se acentuar e a reversão deste cenário se distancia cada vez mais.
O Vitória, por exemplo, precisa de oito mil pagantes por jogo para não ter prejuízo no Barradão. Até então, isto aconteceu apenas uma vez neste Baiano. Foi no Ba-Vi do dia 6 de fevereiro, quando 14 mil 835 torcedores pagaram ingresso para ver o triunfo rubro-negro.
A média de público até agora do Baiano faz com que o estadual tenha uma das piores médias do País. A competição fica atrás de campeonatos como o Goiano, Pernambucano e Cearense, por exemplo. Ao menos está na frente do Gaúcho, mas lá o Grêmio e o Internacional estão com os times reservas e disputaram o Gre-Nal no Uruguai.
Deixando o Ba-Vi de fora, o jogo com o maior público foi – excluindo-se a rodada deste fim de semana – o duelo de líderes na quarta-feira passada. Seis mil pessoas foram ao Antônio Carneiro na quarta-feira para ver o empate entre Atlético e Vitória. Já o menor foi no Armando Oliveira, com apenas 149 pessoas para Camaçari x Colo Colo.
A Federação Bahiana de Futebol, ciente desta dificuldade, espera que o programa Sua Nota é Um Show ajude a reverter este quadro. De acordo com o diretor Wilsom Paim, o Feirense tem sido a principal surpresa na troca dos cupons.
Por outro lado, o Camaçari não demonstrou interesse em participar do programa. Assim, sem uma atração maior, os estádios do Campeonato Baiano vão ficar por um bom tempo com o cimento à mostra. A expectativa é de que, na fase final, o público passe a se interessar pela competição e estes números fracos sejam revertidos.
Fonte: Tribuna da Bahia

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