Duas festas na terra da folia dividem opiniões e preferências. De um lado, o batuque do carnaval da capital. De outro, o forrozinho pé de se...
Duas festas na terra da folia dividem opiniões e preferências. De um lado, o batuque do carnaval da capital. De outro, o forrozinho pé de serra do interior. Pelo menos no futebol, os dois ritmos estão bem representados na final do Baianão entre o Vitória de Salvador e o Bahia de Feira, neste domingo, a partir das 16h, no Barradão.
Em Salvador, o Trio Elétrico com Nikão, Geovanni e Elkeson está arrastando multidões e adversários que passam pelo caminho. Juntos, fizeram 25 gols. Para se ter uma ideia da afinação, a soma dos tentos é maior que os gols pró de seis clubes que disputaram o Baianão, incluindo o quarto colocado na competição, Serrano, com o total de 21 bolas na rede.
Com nove gols, Geovanni assegura que o ritmo ofensivo se deve a toda banda. “Acho que o importante é pensar no grupo. A artilharia é uma consequência do nosso entrosamento”, prega.
Já Nikão prefere dar um toque rock'n roll ao axé baiano. Há três jogos sem animar o folião rubro-negro, ele promete surpreender no último jogo do Estadual. Com um gol a menos que o artilheiro Sassá, do Ipitanga, que tem 10, o mineiro ainda visa ser o goleador da competição. “É difícil, pois o adversário é forte. Mas vou tentar ser artilheiro do Baianão. Quem sabe não faço dois gols e passo Sassá?”, disse.
O certo é que pelo menos um deles pode fazer gol. Em todos os jogos do Vitória em que os três estiveram juntos, pelo menos um gol saiu do Trio Elétrico. Elkeson balançou a rede nos últimos dois jogos e assegura que hoje tem muitos motivos para fazer mais um. “É a luta pelo penta no dia em que completo 100 jogos. Nada mais justo fazer um gol, né?”.
Sanfona e zabumba - Mas o carnaval já passou e o forró está pertinho. Em junho, o interior pega fogo, e a dupla Bruninho e João Neto promete afinar a sanfona e fazer um São João antecipado. Cérebro da equipe de Feira de Santana, Bruninho está confiante no arraiá em pleno Barradão. “Temos toda a chance do mundo. Se a gente tocar a bola certinho e aguentar a pressão dos primeiros 15 minutos, tudo vai dar certo”, prega o meia, que não atuou na primeira partida da decisão.
Artilheiro do Tremendão, com 8 gols, João Neto promete fazer a torcida do Vitória dançar conforme o ritmo do interior. “A vantagem da torcida lotando o Barradão pode se virar contra eles, porque vão começar a cobrar se o gol não sair logo”, disse o atacante, que pode trocar o forró pelo axé após a final do Baianão. O rival de logo mais está interessado no goleador do Bahia. Quem dança?
Por: Atarde
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