O desabafo do presidente Marcelo Guimarães filho, logo após o empate do Bahia contra o Vasco, através da rede social Twitter, repercutiu ...
O desabafo do presidente Marcelo Guimarães filho, logo após o empate do Bahia contra o Vasco, através da rede social Twitter, repercutiu muito mais do que as reclamações e explicações da Comissão Técnica e jogadores tricolores, sobre o resultado do jogo em São Januário.
A mensagem do dirigente foi destaque em todos os veículos de comunicação, principalmente nos sites da Internet, pelo tom das críticas que atingiram diretamente o técnico René Simões, e que entra sob pressão para dirigir o time tricolor no jogo de amanhã à tarde, contra o Figueirense, no Estádio do Parque de Pituaçu, pela 13ª Rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
O irônico, e daí a supervalorização da mensagem do presidente tricolor no Twitter, é que apesar da má campanha do Bahia nesta volta à elite do Campeonato Brasileiro, com o time sem conseguir vencer em casa, e amargar a várias rodadas o 16º lugar na tabela de classificação, fazendo parte da zona de rebaixamento para a Série B, a direção do Bahia não deu nenhum tipo de entrevista, ou fez qualquer ameaça ao cargo de René Simões.
A não ser nos desabafos, pós-jogo, de Marcelo Guimarães, como esse: "Nao dá pra ser pressionado assim durante todo o jogo! Nosso plantel é bom, digam o que disser! (sic)", postou. Como se não bastasse, o mandatário tricolor alertou sobre a necessidade de vencer o Figueirense, no próximo domingo (31), em Pituaçu. "E domingo só tem um resultado. Vencer!", avisou.
Instantes depois, Marcelinho, deixando seu lado torcedor aflorar ainda mais, questionou a presença do experiente Ricardinho no banco, repetindo o que havia sido dito por um torcedor. "Pior do que ceder o empate no final é jogar recuado e tomando sufoco o jogo todo. Ah! E Ricardinho no banco é brincadeira", reclamou.
O problema é que nos planos de René Simões, dificilmente Ricardinho ganha condição de titular no jogo contra o Figueirense. O time terá a volta de jogadores como Fahel, Carlos Alberto, Diones e Jóbson, e mesmo jogando em casa, a tendência é o aproveitamento de três jogadores de marcação, Marcone, Fahel e Diones, para dar liberdade a Carlos Alberto jogar mais perto dos atacantes, no caso, Reinaldo e Jóbson.
Mesmo "prestigiado" técnico pede calma
Seis jogos sem vitórias, a uma posição da zona de rebaixamento e com escalação da equipe criticada até mesmo pelo presidente do clube, o Bahia não vive uma boa fase no Brasileirão. Depois de sete longos anos longe da elite do futebol, a torcida tricolor já não consegue dormir em paz com o fantasma da 2ª Divisão há tantas rodadas ao seu lado, e desde o empate de 0 a 0 contra o Coritiba, no Estádio de Pituaçu, cobrou a saída do treinador René Simões.
Sondado por alguns clubes da Série A, como os Atléticos de Goiás e Minas Gerais, o técnico do Bahia não demonstra estar preocupado com a manutenção do seu cargo, e garante que não há motivo para descontrole no time, mesmo após ceder o empate em 1 a 1 no último minuto do jogo contra o Vasco, na noite de quinta-feira, em São Januário, e a incômoda posição de 16º lugar.
“Não adianta desesperar. Foi a primeira vez que esse time jogou junto. Temos um belo grupo que, com certeza, ainda vai dar resultados expressivos. Essa fase uma hora vira. Tem que ter calma. Senão começa a jogar na loteria, trocar aqui, ali, não dá certo”, justificou o técnico ao site globo.com, ainda no Rio.
René fez questão de ressaltar a necessidade de poder trabalhar com todo o elenco do Bahia junto, sem jogadores lesionados ou suspensos.
Porém, a ausência de Jóbson, expulso na última rodada, fez com que o técnico tivesse uma boa surpresa com Reinaldo, que estreou formando dupla de ataque com Souza, e marcando um gol logo aos 4min do primeiro tempo. “O Reinaldo foi brilhante. Posicionamento, postura”, disse René.


COMENTAR