Empatar com o Internacional de Porto Alegre, em Salvador ou em Porto Alegre, não é nenhum demérito para qualquer clube, diante de um adversá...
Empatar com o Internacional de Porto Alegre, em Salvador ou em Porto Alegre, não é nenhum demérito para qualquer clube, diante de um adversário campeão mundial e tricampeão brasileiro. O problema para o Bahia no empate de 1 a 1, ontem à tarde no Estádio do Parque Metropolitano de Pituaçu, é que o adversário gaúcho veio à capital baiana sem nove dos seus principais jogadores, e colocou em campo uma equipe mista.
Bem que o técnico René Simões advertiu no final da semana passada, que era preciso ter cuidado com o meio-campo do Inter. “Eles formam uma roda, fazem uma ciranda, e deixam Damião de cara com o gol”. O time tricolor não conseguiu anular o esquema de jogo do adversário gaúcho, e literalmente “dançou” com um empate ruim para o Bahia que fica muito próximo, a apenas quatro pontos do Z-4, a zona de rebaixamento para a Série B.
O Internacional é o 7º colocado do Brasileiro, sem poder contar com alguns dos seus principais jogadores, pelos mais diversos motivos, mas principalmente por contusão. Ontem, não vieram a Salvador para enfrentar o Bahia, os seguintes jogadores: Renan, Sorondo, Rodrigo, Bolatti, Guiñazu, Kleber, Fabrício, Zé Roberto, Gilberto, D'Alessandro, Juan, Oscar e Andrezinho, e o novo técnico Dorival Júnior apenas assistiu o jogo no Estádio de Pituaçu.
O Bahia colocou em campo sua força máxima, e mesmo jogando em casa, mais uma sofreu para não perder mais um jogo pela Série A do Campeonato Brasileiro. Só no primeiro tempo o goleiro Marcelo Lomba mais uma vez foi o herói tricolor, com três defesas incríveis, aos 5, 33 e 47 minutos que salvaram o tricolor de uma derrota para os gaúchos dentro de casa.
O Internacional abriu o placar no final do primeiro tempo, aos 40 minutos, através de Damião, numa falha de marcação do zagueiro Thiego. A reação do Bahia esteve comprometida no início do segundo tempo, com a expulsão de Fabinho, aos 15 minutos, mas o time teve força, raça, e conseguiu empatar a partida aos 31 minutos, com Jóbson cobrando pênalti sofrido por Thiego.
O tricolor ainda teve duas reais chances de virar o placar, com Carlos Alberto e Fahel, mas teve que lamentar o resultado de 1 a 1 no final dos 90 minutos, para frustração e protesto da torcida tricolor nas arquibancadas do Estádio de Pituaçu.
Só 15 minutos de festa tricolor em Pituaçu
A arrecadação de R$ 479.310,00, o público pagante de apenas 21 mil 239 torcedores foi muito abaixo da expectativa, e a festa da torcida tricolor nas arquibancadas do Estádio Governador Roberto Santos, menor ainda, apenas nos 15 minutos finais do 2º tempo. O empate de 1 a 1 contra o Internacional de Porto Alegre, foi até heroico para o Bahia, mas foi frustrante para a torcida tricolor, que mais uma vez não conseguiu valorizar o mando de campo em Pituaçu, e não venceu em casa pela Série A do Brasileiro.
O torcedor do Bahia saiu muito aborrecido com mais um empate do tricolor em Pituaçu. O time voltou a jogar mal, não mostrou a força esperada pela torcida, que se limitou a vaiar os jogadores do time tricolor no final do primeiro tempo, e durante o jogo, cantar “adeus René, adeus René”, fazendo alusão à provável saída do treinador que não conta com a simpatia e o apoio do tricolor.
Somente no segundo tempo, com as mudanças do técnico René Simões, a partir da entrada de Lulinha e Jones Carioca, e com o pênalti sofrido por Thiego, e o empate do tricolor, é que a torcida do Bahia resolveu apoiar o time até o final dos 90 minutos, cantando nas arquibancadas de Pituaçu “vai pra cima deles esquadrão”. O time sentiu a força da torcida, foi pra cima e quase vira o placar no Estádio de Pituaçu.
Mas não foi suficiente para amenizar o aborrecimento do torcedor, que quando o árbitro carioca Gutemberg de Paula Fonseca/FIFA/RJ, encerrou o jogo, voltou a vaiar o time tricolor exigindo mudanças para tirar o clube das últimas colocações da Série A do Campeonato Brasileiro.
Técnico lamenta, mas diz que time está evoluindo
“O torcedor está cheio de ouvir isso, de lamentarmos os erros e os pontos perdidos em casa, mas o Bahia está evoluindo, e cada vez fica mais evidente que não é fácil ganhar do Bahia”.
Desta vez esta foi o argumento que o técnico René Simões encontrou para justificar mais um tropeço do Bahia em casa, o empate de 1 a 1 com o Internacional de Porto Alegre, ontem à tarde em Pituaçu. O treinador admitiu que o primeiro tempo foi muito ruim, houve erro de marcação e posicionamento da defesa e meio-campo, mas que a equipe reagiu nos 45 minutos finais e merecia ter virado o placar contra o adversário gaúcho.
“Melhoramos o posicionamento de Fahel, anulamos a principal jogada de ataque do Inter, tivemos um time valente e merecíamos ter virado o placar no chute de Carlos Alberto e na cabeçada de Fahel que a zaga deles tirou de cima da linha”, lembrou o técnico René Simões na coletiva à imprensa.
O treinador não quis responsabilizar o zagueiro Thiego pelo gol do Internacional, lembrou que o empate veio do pênalti sofrido por ele, e que acima de tudo o time foi todo valente e merecia o reconhecimento da torcida.
“No primeiro tempo todos erraram, não houve um culpado. Acho que o importante aqui é ressaltar a força de reação do Bahia, que empurrado pela torcida, jogou no 2º tempo o futebol que todos esperavam”, explicou o técnico do Bahia.
Por: Tribuna da Bahia


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