Depois da total incompetência, a fé. O Vitória teve no sábado à tarde com um pé na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro de 2012. Mas o time g...
Depois da total incompetência, a fé. O Vitória teve no sábado à tarde com um pé na 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro de 2012. Mas o time geriátrico da diretoria, dirigido pelo irracional técnico Vágner Benazzi, mesmo com o apoio de mais de 35 mil torcedores, entregou o futuro do clube baiano para o São Caetano, em apenas cinco minutos.
A única solução pública para a irresponsabilidade é a promessa de recuperação movida pela fé de que “tudo vai mudar”, que o time vai desta vez vai fazer a sua parte, vencer o ASA em Arapiraca, esperar os resultados da 38ª rodada que interessem ao clube baiano, e voltar a Salvador fazendo parte da elite do futebol brasileiro em 2012.
Só que desta vez, a exemplo da fábula “Joãozinho e o Lôbo”, por mais que técnico e jogadores afirmem que o Vitória vai subir, a torcida não vai ouvir, ficando apenas a esperança, no fundo do coração de cada rubro-negro, que o “Lobo”, aqui representado pelo ASA de Arapiraca, literalmente não coma o “Leão Joãozinho” no jogo de sábado à tarde, no interior alagoano, em mais um novo vexame do time montado pelo presidente Alexi Portela e seu diretor Carlos Alberto Silveira.
São remotas as chances da volta de dois jogadores, que só devem jogar futebol em 2012: o meia Uellinton e o atacante Marquinhos, ambos recuperando-se de um problema que massacrou o time durante todo o ano, em todas as competições, e vai mais uma vez desfalcar a equipe, sem que a Comissão Técnica, os preparadores físicos, tenham encontrado uma solução para amenizar as lesões, as distensões musculares.
Sem atuar desde o dia 4 de novembro, o atacante Marquinhos, um dos artilheiros do Vitória com 13 gols, não deve mais entrar nos gramados neste ano. O jogador ainda se recupera de uma lesão muscular, e nem mesmo o tratamento intensivo no departamento médico deve lhe dar condições de jogo contra o ASA, segundo a previsão.
“Marquinhos ainda não superou a lesão que ficou constatada. Acho difícil que jogue contra o ASA. Ele está parado, mas vamos ver sua reação para definir”, disse o médico Rodrigo Vasco da Gama.
Sem Marquinhos, a melhor opção ofensiva do técnico Vagner Benazzi é a volta do atacante Rildo, um jogador de características semelhantes, de muita velocidade, que pode ser um ótimo parceiro para Fábio Santos. O jogador está voltando de suspensão de três meses imposta pelo STJD da CBF, por tentar agredir o árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva, na partida contra o Boa Esporte, no dia 30 de julho.
“A gente aprende com os erros. Agora é voltar com a cabeça boa, mais tranquilo, para ajudar o Vitória neste último jogo”, disse Rildo.
Diretoria tenta motivar jogadores
Precisando vencer e ainda torcer por um tropeço do Bragantino do interior de São Paulo e do Sport de Recife, o Vitória encara o ASA de Arapiraca, na casa do adversário, em uma partida em que o time não pode vacilar.
Como forma de passar segurança ao rubro-negro baiano, o presidente do clube Alexi Portela, o vice Carlos Falcão e os diretores Newton Drummond e Beto Silveira se reuniram com os jogadores, às portas fechadas, no vestiário, para uma longa conversa.
Entre os assuntos trazidos à tona, a diretoria falou sobre a derrota do time diante do São Caetano do interior de São Paulo dentro de casa, no último sábado, e traçaram metas para o próximo desafio do rubro-negro, no interior de Alagoas. Ao fim da reunião, Alexi Portela deixou o vestiário acompanhado do técnico Vágner Benazzi e do meia-atacante Marquinhos, e conversaram separadamente, minutos antes do jogador seguir para o departamento médico.
Contudo, em entrevista ao Globoesporte.com, o Portela se mostrou confiante com o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro e comentou a atitude de apoio aos jogadores para a próxima partida. “Fui dizer a eles que não tem nada perdido. Ficou mais difícil? Claro. A gente não vai iludir ninguém, mas nada está perdido.”, contou.
Ainda de acordo com o presidente do clube, o Vitória não jogou como deveria, principalmente por jogar diante do seu torcedor, que lotou as arquibancadas do Estádio Manoel Barradas, o Barradão.
“A gente não pode dar o vacilo que a gente deu. A gente tinha que ter matado o jogo antes, apesar daquele gol anulado ter sido legal. Mas nós fomos incompetentes e não soubemos ganhar o jogo.” Concluiu.
Por: Tribuna da Bahia


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